No livro de Juízes, capítulo 4, conhecemos Débora. Juíza,
ela nos traz muitas virtudes. Profeta e temente a Deus, ela foi uma líder
militar, porque traçou metas que levaram seu povo à vitória na guerra.
Minhas amadas, a característica daquela mulher nos ensina a
buscarmos, em Deus, aquilo que precisamos aprender para sermos líderes. Muitas
vezes, nós enfraquecemos em nossa luta como mãe e como dona de casa, porque não
sabemos lutar.
Débora soube administrar seu tempo e não tomar decisões
precipitadas. Ela soube esperar em Deus. A juíza é um exemplo para nós.
Outra mulher que gosto de me lembrar é Rute. Vamos nos deter
neste livro, capítulo 1,16-18. Rute é um modelo de mulher que precisamos
conhecer. Antes dela, precisamos conhecer Noemi. Mãe de dois filhos – um deles
casado com Rute -, Noemi vê seu marido e filhos morrerem na guerra.
Sozinha, ela resolve sair daquela terra e chama suas noras
para se despedir delas, pois já não tinha filhos para se casarem com elas.
Rute, no entanto, recusa-se a partir por amor à sua sogra. Não quis separa-se
dela. “Não insistas comigo, respondeu Rute, para que eu te deixe e me vá longe
de ti. Aonde fores, eu irei; aonde habitares, eu habitarei. O teu povo é meu
povo, e o teu Deus, meu Deus” (Rute 1,16).
Sozinhas em nova terra estavam Noemi e Rute. Esta vai
trabalhar no campo, pegar o que sobrou da colheita para fazer disso o seu
alimento e de sua sogra. Rute, sempre fiel a Deus, acabou se casando com Bozz.
Ela soube ser fiel e dedicada à sua sogra e gerou os descendentes de Jesus
Cristo.
Rute é uma mulher que nos ensina a cultivar uma amizade
sadia, pois soube se desprender de sua família para abraçar a fé de sua sogra.
Ela foi responsável, amiga, trabalhadora, confiável. Além de ser forte e
destemida, ela também era doce, íntegra em tudo, no trabalho, no casamento, na
família. Ela nos ensina a confiar em Deus diante das tribulações.
Outra mulher maravilhosa da Sagrada Escritura é a rainha
Ester. Uma das rainhas mais importantes para o povo de Israel. Órfã, criada por
parentes, ela foi parar no reino e se casou com o rei. A partir daí, lutou por
seu povo. Ela era judia, mas o rei não sabia, pois ele era pagão.
Quando soube dos planos para acabar com seu povo, ela se
preparou em Deus e fez, com suas amigas, um jejum de três dias com oração.
Apresentando-se diante de seu rei, ela salvou seu povo.
Diante das armadilhas do demônio, precisamos fazer como
mulheres de fé, precisamos fazer três dias de jejum e oração. Nas situações
difíceis, Ester foi destemida e tinha uma fé admirável. Ela era uma mulher
humilde, e a humildade cativa o coração de Deus.
Outras mulheres que se destacam estão no Evangelho. As
mulheres do terceiro dia, que foram até o túmulo, mas não encontram Jesus,
porque Ele havia ressuscitado. “Ide depressa e dizeis aos discípulos que Ele
ressuscitou”.
Jesus apareceu primeiramente para uma mulher: Maria
Madalena. Isso nos faz lembrar que precisamos ser as mulheres do terceiro dia.
"Ser uma mulher de fé não é difícil, pois é na
simplicidade que isso acontece."
“Mulher, por que choras?” Nós somos choronas, choramos de
alegria e de tristeza. Maria Madalena corre para anunciar aos discípulos que
ela tinha visto o Senhor. No primeiro momento, eles acharam que ela estava
fazendo confusão, mas foram elas que anunciaram que o Senhor estava vivo. E
porque Ele está vivo, seus problemas têm solução. Maria é a mulher que venceu e
vencerá na batalha final, porque ela é a mãe do Salvador. Ela soube silenciar e
nos ensina também viver a graça desse silêncio. Ela nos ensina a fazer a
vontade de Deus.
Com essas mulheres da Escritura, lembrei-me de minha mãe,
uma mulher de fé que, apenas com a 4ª série do ensino fundamental, conhece a
Bíblia de cór, porque guarda a Palavra em seu coração. Também me lembrei de
minhas três filhas, elas me surpreendem com a força que têm.
Ser uma mulher de fé não é difícil, pois é na simplicidade
que isso acontece. Ser mulher de fé é fazer as coisas que não aparecem, mas que
são feitas pelos filhos, pelos amigos, pelos colegas de trabalho.
Hoje, apresentamos Débora, mulher de fé, batalhadora que foi
para guerra e venceu. Falamos de Rute, amiga e fiel. Aprendemos também com as
mulheres do terceiro dia, porque precisamos proclamar que Jesus ressuscitou. Só
podemos evidenciar essas virtudes com a ação do Espírito Santo, pois, sem Ele,
é impossível.
Tudo o que precisamos para ser mulheres de fé é ser mulher
do Espírito Santo.
“Quero ser, Senhor, essa mulher do terceiro dia que
proclama: 'O Senhor está vivo'”.
Fonte: Blog Canção Nova - Antonieta