"Enquanto o músico tocava, a mão do Senhor desceu sobre
ele (Eliseu), e ele falou: 'Assim diz o Senhor [...]'" (II Reis 3, 15b).
Nesta passagem do II livro dos Reis encontramos o profeta
Eliseu sendo consultado pelo rei de Israel. Na situação o profeta solicita que
um tocador de lira se apresente e toque o seu instrumento. Então, segue a
passagem acima descrita.
Bem, meus irmãos, quando fitei os olhos nessa leitura meu
coração se encheu de alegria por perceber a importância que o músico tem dentro
da intimidade com Deus. Sim! A música ajudou, auxiliou Eliseu a entrar na
intimidade com o Senhor, a música o levou a estar em sintonia com o Altíssimo e
a ter um ouvido atento à Sua Palavra.
Aquele tocador não era um profeta, o profeta era Eliseu, mas
ele contribuiu para que a profecia fosse proferida. Que bom! Quantas vezes eu
mesmo reclamei do Senhor o desejo de profetizar, realizar curas e milagres, mas
fui entendendo, no decorrer da caminhada, que, de alguma forma, eu fazia tudo
isso através da música, com o meu ministério. Fui percebendo que a minha música
deve ser uma canção de libertação, de cura, de milagres, de profecia. E isso só
é possível se tenho uma vida de intimidade com o Senhor abrindo-me para que Ele
aja em mim.
Quando você lê todo o capítulo terceiro desse livro, talvez
passem despercebidas a ação e a importância do tocador de lira. De fato,
presença simples, mas necessária. Talvez ele tocasse, havia muitos anos, com o
exército e nunca fora chamado à frente, poderia ter se cansado e desistido, mas
naquele momento ele foi importante.
Se você, meu amado, já se pegou questionando sobre a
simplicidade do seu trabalho na evangelização – aqui falo de forma especial
para aqueles que tocam ou cantam na paróquia sozinhos ou não são a voz
principal ou o instrumento principal – saiba que seu trabalho é simples mesmo,
e tem de sê-lo, porém, em determinado momento, pode ser indispensável.
Seja perseverante, simples e dócil à voz de Deus. Seu
ministério de música produz uma canção de libertação, cura, milagres,
profecias.
Deus abençoe,
Emanuel Stênio
Comunidade Canção Nova