Família volta a ser quem
tu és
O nosso saudoso
Papa João Paulo II disse-nos que a Família é o Santuário da Vida. Santuário quer dizer lugar sagrado, onde Deus
habita. Cabe a nós correspondermos a
esse apelo e fornecer os meios para ajudar os nossos filhos a não tomar o
caminho do Calvário, mas do Tabor. O
Calvário não dependerá da vontade da gente.
O Calvário acontece quando menos esperamos.
Podemos perceber
que, ao longo do caminho há coisas que só pai e mãe podem dar aos filhos. Se eles não derem, ninguém mais dará. Me refiro aos valores da educação, pois os
pais são canais para os seus filhos.
Ser mãe e ser
pai é um dom, uma graça. A criança sente
o pai através dos sentimentos da mãe, e sente a mãe através dos sentimentos do
pai, isto é, através dos sentimentos que marcaram os dois como marido e
mulher. Por isso não podemos desabafar
com nossos filhos esta ou aquela situação relacionada a vida do casal. Isto seria muito constrangedor. Não os torne solidários, cúmplices sob nenhum
pretexto. É engano pensar que esta
atitude traria seu esposo, ou sua esposa “são” para casa. É ilusório pensar em alguma vantagem encima
disto, o resultado seria um desajustamento sem fim. O melhor caminho seria
partir para uma tentativa mais honesta, uma boa conversa de cabeça fresca. Não pense que as coisas se resolvem no grito
ou no choro desenfreado.
A solução para o
ajuste de nossos problemas pessoais como marido e mulher precisa ser mais
iluminado: regado de oração, compreensão e respeito, sem cobranças, sem receio
de ouvir palavras verdadeiras que nos ajudarão a ser melhores e os filhos
estarão sendo beneficiados por esta onda de respeito e amor mútuo.
É comum nos
tempos de hoje, nos deparar com um número alarmante de casais que, em meio as
desavenças esquecem de perguntar o que significam cada um dos filhos para si.
E eu me recordo
que, quando fiquei grávida pela segunda vez, o meu confessor me disse que
durante os nove meses eu “rezasse a minha gravidez” e continuou dizendo que eu
estava emprestando ao Bom Deus o meu ventre para que fosse gerado um filho
d’Ele pelo batismo. Quanta sabedoria
nessas palavras!
Ao mesmo tempo
entristece o coração de um cristão ver tantos sofrimentos familiares quando na
maioria dos casos a solução está em nossas mãos.
Maria Rosângela