quinta-feira, 19 de abril de 2012

A História da Vida Consagrada e as Novas Comunidades na História da Igreja (Parte II)


O que é então a Comunidade do Espírito Santo?

No primeiro sentido é uma obra de introdução do Reino de Jesus e da Grande Obra Vocacional do Reino de Jesus na Terra e no seio da Igreja. No segundo sentido público: É uma Associação de Peregrinação Perpétua Itinerante de fiéis consagrados como escravos de Jesus e Maria, conforme o método de São Luís Maria Grignion de Montfort, que instauram no mundo o verdadeiro Reino de Jesus no coração, a verdadeira devoção ao Espírito Santo, o dom de um Segundo Pentecostes Universal atual para a Renovação de todas as coisas, conforme a profecia: “Eis que renovo todas as coisas” (Ap. 21, 5), a nova e segunda evangelização universal do mundo conforme a profecia: “Este Evangelho do Reino será pregado pelo mundo inteiro para servir de testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mt 24, 14), saindo como Jesus peregrino por todas as partes, como comunidade peregrina incasável, de perpétua peregrinação dia e noite, em cumprimento do “IDE” de Jesus e da profecia: “É preciso que profetizes de novo a muitos povos, nações, línguas e reis” (Ap 10, 11), saindo como São Pedro, São Paulo e São Luís Maria Grignion de Montfort pelo mundo inteio convertendo os povos e salvando almas para Deus. Nós somos na verdade o cumprimento da profecia de São Luís Maria Grignion de Montfort que diz: “56 – Mas quem serão esses servos, escravos e filhos de Maria?… Serão ministros do Senhor que, qual fogo crepitante, levarão a toda a parte as chamas do amor divino… Serão “setas na mão do Poderoso” (Cfr. Sal.126,4), flechas agudas, nas mãos poderosas de Maria para trespassarem os seus inimigos… Serão filhos de Levi, bem purificados no fogo das grandes tribulações, bem apegados a Deus, que trarão o ouro do amor em seus corações, o incenso da oração no espírito, e a mirra da mortificação no corpo. E serão por toda a parte o bom odor de Jesus Cristo para os pobres e os pequenos, enquanto para os ricos e orgulhosos mundanos serão um odor de morte”… “57 – Serão nuvens tonitroantes (trovejantes) que voarão pelos ares ao menor sopro do Espírito Santo. E, sem se apegarem a coisa alguma, nem se admirarem ou inquietarem, espalharão a chuva da palavra de Deus e da vida eterna. Brandarão contra o pecado, clamarão contra o mundo, fulminarão o demônio e seus adeptos. Atravessarão de lado a lado, para a vida ou para a morte, com a espada de dois gumes, que é a palavra de Deus (Ef. 6,17), todos aqueles a quem forem enviados pelo Altíssimo”. “58 – Serão verdadeiros apóstolos dos últimos tempos, a quem o Senhor das virtudes dará a palavra e a força para operar maravilhas e arrebatar gloriosos despojos ao inimigo. Dormirão sem ouro nem prata e, o que é mais, sem cuidados, no meio dos outros sacerdotes eclesiásticos e clérigos, (“inter médios cleros”) (Sl 67,14). Terão, no entanto, as asas prateadas da pomba, para irem, com a reta intenção da glória de Deus e da salvação das almas, aonde o Espírito Santo os chamar. Deixarão após si, nos lugares onde tiverem pregado, o ouro da caridade, que é o cumprimento de toda a lei (Rm. 13,10)”. “59 – Sabemos, enfim que serão os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, que seguirão as pegadas da sua pobreza, humildade, desprezo do mundo e caridade. Ensinarão o estreito caminho de Deus na pura verdade, segundo o santo Evangelho e não segundo as máximas do mundo, sem preocupação nem aceitação de pessoas, sem poupar, escutar nem temer nenhum mortal, por poderoso que seja. Terão nos lábios a espada de dois gumes, que é a palavra de Deus. Trarão aos ombros o estandarte sangrento da cruz, o crucifixo na mão direita, o rosário na esquerda, os sagrados nomes de Jesus e Maria no coração, e a modéstia e mortificação de Jesus Cristo em toda a sua conduta. Eis os grandes homens que hão de vir, mas que Maria suscitará, por ordem do Altíssimo, para estender o seu império sobre o dos ímpios, idólatras e maometanos. Quando e como acontecerá isto?… Só Deus o sabe. Quanto a nós, apenas nos compete calar, rezar, suspirar e esperar. “Expectans expectavi – esperei ansiosamente” (Sl. 39,2)”.