Há maior felicidade em fazer os outros felizes. “Disse-lhe Jesus: ‘Porque me viste, creste? Bem-aventurados
os que não viram e creram!’” (Jo 20,29).
Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo
quarto de hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora,
todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. Sua cama
estava junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre
deitado de costas.
Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres
e famílias, das suas casas, dos seus empregos, onde tinham passado as férias...
E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se
sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as
coisas que ele conseguia ver do lado de fora da janela. O homem da cama do lado
começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era
alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da
janela.
A janela dava para um parque com um lindo lago, patos e
cisnes chapinhavam na água, enquanto as crianças brincavam com os seus
barquinhos... Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores
de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem
e uma tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte.
Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isso tudo
com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus
olhos e imaginava a pitoresca cena.
Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia
a passar. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia
vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de
palavras bastante descritivas. Dias e semanas passaram...
Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para
os seus banhos e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que tinha
falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os
funcionários do hospital para que levassem o corpo.
Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se
podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e
fez a troca. Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a
enfermeira deixou o quarto. Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se,
apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e
lentamente olhou para o lado de fora da janela, que dava, afinal, para uma
parede de tijolo!
O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o
seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas
do lado de fora da janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem
sequer conseguia ver a parede.
"Talvez ele quisesse apenas dar-lhe coragem..."
Moral da História:
Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes,
apesar dos nossos próprios problemas. A dor partilhada é metade da tristeza,
mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada. Se te queres sentir rico, conta
todas as coisas que tens que o dinheiro não pode comprar.
"O dia de hoje é uma dádiva, por isso é que o chamam de
presente.”
A origem desta carta é desconhecida.